Na última década, a China tornou-se o principal destino de exportação de madeira moçambicana. Esta reconfiguração do mercado veio acompanhada de crescentes críticas de atores de etnia chinesa da China continental e de outros lugares, que foram acusados de serem a origem da extração e do comércio ilegais de madeira, prejudiciais em termos ecológicos. Neste contexto, o objetivo deste artigo é examinar os esquemas de licenças e concessões madeireiras em Moçambique, os principais instrumentos que regem as operações de extração, e investigar as diferenças de comportamento entre os atores comerciais chineses e não chineses no que se refere a esses instrumentos. Usando os dados qualitativos e quantitativos disponíveis para a província de Cabo Delgado, a análise revela indicações de diferenças na medida em que os operadores de madeira chineses e não chineses conseguem operar na esfera legal apesar de o cumprimento dos requisitos formais ser incompleto. A observação sugere que os actores chineses poderiam se adaptar positivamente a um ambiente em que as leis fossem aplicadas mais eficazmente.
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DOI:
https://doi.org/10.17528/cifor/006296Altmetric score:
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Publisher
Center for International Forestry Research (CIFOR)
Publication year
2016
ISBN
978-602-387-044-8
Authors
Wertz-Kanounnikoff, S.; Falcãob, M.P.; Putzel, L.
Geographic
Mozambique