A demanda da China por madeira aumentou dramaticamente ao longo dos últimos 20 anos e hoje mais de 90% das exportações de madeira de Moçambique são destinadas à China. A demanda por produtos florestais apresenta oportunidades e desafios para Moçambique. Como o sexto maior produto de exportação do país, a madeira representa uma das mais importantes indústrias e fonte de renda de Moçambique, mas a busca intensificada de recursos coloca pressões sobre o manejo sustentável das florestas. Em uma tentativa de gerar maior valor agregado e emprego doméstico através do processamento local de madeira em tora, uma proibição de exportação de madeira de primeira classe na forma de toras foi instituída. No entanto, o efeito dessa proibição nas atividades de processamento é discutível. Estima-se que a proporção de atividade ilegal na indústria da madeira é grande. A integração dessas atividades ilegais na economia formal poderia gerar receitas significativas para o governo na forma de impostos, bem como um maior controle e fiscalização das atividades madeireiras, do que é possível atualmente. Através do projeto de pesquisa intitulado "Comércio e investimento chinês na África: avaliando e governando trade-offs para as economias nacionais, meios de subsistência locais e ecossistemas florestais", o CIFOR deseja obter uma melhor compreensão do impacto que o aumento da demanda e do investimento da China têm nas florestas de miombo. Este relatório faz parte do estudo de caso sobre Moçambique e destina-se a fornecer uma visão geral da cadeia de valor nacional e as empresas que operam na indústria madeireira, com base em dados coletados através de pesquisa de campo sobre as atividades madeireiras na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
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DOI:
https://doi.org/10.17528/cifor/004722Altmetric score:
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Publisher
Center for International Forestry Research (CIFOR)
Publication year
2014
Authors
Ekman, S.-M.S; Wenbin, H.; Langa, E.
Geographic
Mozambique